Acho que eu sempre tive uma ideia meio distorcida em relação ao príncipe encantado. Talvez nem tão distorcida assim, já que sempre gostei de caras menos convencionais e com o tempo fui percebendo que uma boa parte das mulheres também prefere homens que fogem um pouco do padrão ‘cabelo lambido’ que a sociedade gosta de valorizar. De qualquer forma, desde quando a gente é criança, imaginamos que o futuro marido vai ser perfeito como aquele cara do filme, aquele ator lindo ou aquele integrante de boy band (aquele que hoje em dia bate na mulher e está na rehab). Se você é como eu e sempre foi uma boa menina, devia pensar desse jeito e se perguntar onde é que você iria achar um cara assim, tão perfeito.
O fato é que realmente o clichê de que ninguém é perfeito é verdadeiro, mas é possível sim encontrar alguém que preencha todos os requisitos necessários para um príncipe como aquele que você sonhava aos 11 anos de idade e que, ao longo da vida, depois de várias desilusões, achou ser inexistente. O problema é que temos tendência a tornar as coisas muito mais difíceis do que são e de vez em quando acaba batendo uma cegueira em relação aos relacionamentos que sempre nos leva pro cara errado que parece certo e não pro certo que parece errado. Entendem ou to confundindo vocês?
Bom, é tudo muito simples. Tudo que eu quero dizer é que príncipes existem e o pai da Marina é o meu. Um príncipe totalmente fora do convencional, que tem os cabelos bagunçados, é barbudo, usa óculos de grau, é pançudinho e tem o bronzeado de um floco de neve. Lindo, doce e desajeitado que só, tem me mostrado todos os dias como a amizade, cumplicidade e bondade são fatores fundamentais pra um amor crescer e perseverar a cada dia e que essas sim, são características de um relacionamento e de um cara perfeito.
Claro que nossa história nem sempre foi bonita. Aliás, é agora que a beleza dela vem acontecendo, pois mesmo com várias diferenças, brigas, idas e vindas, aprendemos a valorizar o que é realmente importante e vamos caminhando pra passar todo o amor e companheirismo que pudermos para a Marina. Inclusive, espero que ela tenha muita coisa do pai. Sua inteligência, criatividade, generosidade, humildade e, se possível, a responsabilidade com as finanças e o cabelo macio :P
De minha parte, vou fazer o possível pra que ela aprenda desde cedo a reconhecer o que é importante na vida, para que siga confiante de que o amor é algo simples e possível, para que tenha a certeza de que príncipes existem. Podem não ter o cavalo branco e o peitoral definido como os das historinhas, mas fazem rir, gostam de rock e têm o abraço mais gostoso do mundo. São amigos, leais e companheiros daqueles que você pode contar pra vida toda.
É, a Marina tem sorte. O pai é um príncipe. E vocês não têm dúvidas de que a mãe é uma princesa né? (hihi) O melhor disso tudo, é a certeza que a herança dela vai ser a mais rica que se pode ter: todo amor que houver nessa vida :)