quarta-feira, 18 de maio de 2011

Na cara do gol

Só falta chutar. Ou melhor, só falta nascer. E aí é só partir pro abraço.
É gente, a Marina tá chegando. Quarto pronto, bolsa da maternidade arrumada, lembrancinhas feitas, licença maternidade iniciada, cesárea marcada, amigos avisados. Tudo organizado. Quer dizer, quase tudo. Porque o coração e a cabeça nessas horas ficam uma bagunça só.
Quando a gente para pra pensar, parece que nove meses é muito tempo. Afinal, é quase um ano de espera e de novidades contínuas causadas pela gravidez. Boas e ruins, como eu bem já disse pra vocês algumas vezes. Mas aí, essa longa espera que parece não ter fim, simplesmente acaba. E agora eu vejo como, na verdade, tudo passou muito rápido. Talvez eu devesse ter aproveitado mais a gravidez, ter saído mais, comido menos, vivido os momentos de outra forma, não sei. Só sei que agora isso tudo vai ficar pra trás, porque a hora que eu tanto esperava chegou. Marina ta aí!
E agora como faz pra lidar com o medo da cesárea, com a preocupação de tudo correr bem, de a Marina nascer saudável e gordinha como a gente tanto deseja? Por mais que todo mundo fale o quanto o procedimento da cesárea é tranqüilo, acho que é normal pra toda mãe de primeira viagem esse sentimento de impotência e angustia em relação a isso. Mas claro que prevalece a fé de que tudo vai dar certo e as palavras de conforto dos amigos, tipo aquele que diz que ‘parto normal é como tentar evacuar uma melancia, então cesárea é bem melhor’. Né?
Além da ansiedade com o momento do parto, finalmente a ficha cai sobre o que vem depois (pelo menos parcialmente) e aí eu pensei: ‘Oi? Eu vou ser mãe? Vou criar e educar uma criança, um ser humano?’ Como assim, gente? Alguém me ensina como faz? Será que vou saber pegar no colo? Descobrir porque ela chora? Amamentar? Dar banho? Ensinar? Ah meu Deus, por favor, acudam!
Tô achando que ser mãe realmente é o maior desafio que existe, sabe. Acho que nenhum livro, nenhuma fonte de informação ou mesmo nenhum conselho de quem já é mãe, é capaz de fazer com que a gente perceba o que realmente vem por aí. Acredito que é só vivendo, errando e aprendendo que isso acontece. Que a gente aprende a ser mãe. Quero deixar aqui registrado que vou fazer o máximo, o possível e impossível, pra entrar pro clube das melhores mães do mundo. Dessas que dão orgulho, emocionam, são fortes e conseguem resolver qualquer parada. Quem sabe um dia eu dou até umas dicas pra vocês sobre como ser uma Super-Mãe!
Mas ok, o foco ainda é amanhã. O grande dia em que a espera termina e a jornada começa. Dia de Marina, em que a vida muda pra sempre e que você ganha outra, pra fazer mil vezes melhor do que a sua. O dia em que o medo e a ansiedade ficam em segundo plano e prevalece a maior felicidade do mundo, onde o único desejo é fazer aquele serzinho tão feliz quando você. E há de ser :)